TAXA ZERO DE PCR EM PROTOCOLOS DE ME: MEDIDAS ADOTADAS EM UM HOSPITAL NO NOROESTE DO PARANÁ
De acordo com a Portaria 2600/09 (BRASIL, 2009) a Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante – CIHDOTT deve articular-se com as equipes médicas do estabelecimento de saúde, no sentido de identificar os potenciais doadores e estimular seu adequado suporte para fins de doação, garantindo um processo de morte encefálica - ME ágil e eficiente.
Estudo descritivo tipo relato de experiência de manutenção de potenciais doadores por ME, de um Hospital Geral do noroeste do Paraná.
De janeiro de 2015 a março de 2017, houve 25 protocolos de ME nos quais foram utilizadas medidas essenciais para a manutenção do potencial doador, e para a agilidade e excelência do processo, tais como: responsabilidade da própria CIHDOTT sobre a manutenção do potencial junto aos médicos assistentes; treinamento para adesão de médicos e demais profissionais; colaboração efetiva da fisioterapia hospitalar e enfermagem; agilidade do laboratório hospitalar na emissão dos resultados de exames; bom relacionamento da CIHDOTT com médicos especialistas, sendo solícitos aos pedidos da comissão e por fim, conformidades com o checklist de manutenção, adotado sob orientação da Central Estadual de Transplante do Paraná. Tais ações resultaram em taxa zero de parada cardiorrespiratória - PCR nos processos de ME, certificação pela Organização de Procura de Órgãos em 2016 e credibilidade do trabalho realizado.
A doação de órgãos e tecidos só se efetiva, quando além do consentimento familiar, o potencial está submetido a uma boa manutenção e estabilidade hemodinâmica, isto é, a PCR em protocolos de ME é um risco que deve ser estrategicamente evitado, para tanto, tais medidas foram determinantes no alcance dos resultados esperados.
Morte Encefálica; Manutenção de potencial doador.
Enfermagem
SANTA CASA DE PARANAVAÍ - Paraná - Brasil
ALINE BARBIERI, ANDREZA MARA CAMPOS DE MELO, GISLAINE FUSCO DUARTE, MARCIA ANGELO DOS SANTOS