Título

EVEROLIMO VERSUS MICOFENOLATO EM ASSOCIAÇÃO COM TACROLIMO EM BAIXAS CONCENTRAÇÕES EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE HEPÁTICO: RESULTADOS PRELIMINARES

Introdução

O everolimo (EVR) foi recentemente registrado para prevenção de rejeição aguda no transplante de fígado (TxF). O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e segurança em 1 ano do EVR versus micofenolato sódico (MPS) em associação com tacrolimo (TAC) em baixas concentrações em receptores de TxF.

Material e Método

Estudo aberto e prospectivo, incluindo receptores de TxF adultos, realizados em centro único entre mar/16 e mar/17 (n=46), os quais foram randomizados para receber: Grupo 1 (N=25): EVR 1mg 2x/dia (C0 3-8 ng/mL) ou Grupo 2 (N=21): MPS 180mg 2x/dia. Todos os pacientes receberam TAC 0,05 mg/Kg 2x/dia (C0 4-7ng/mL até M3 e 3-5ng/mL a seguir) e prednisona (5mg após estabilização da imunossupressão), essa suspensa no 3o mês, exceto nos pacientes com doença auto-imune. A estratégia para prevenção de doença por citomegalovírus foi o tratamento preemptivo.

Resultados

Os grupos foram semelhantes em relação aos dados demográficos e etiologia. Os pacientes eram predominantemente do sexo masculino (74%), raça não negra (89,1%), a média de idade foi de 54 anos (19-73). Quanto a etiologia, as mais incidentes foram: alcoólica (24%) e criptogênica (17%). Com relação ao MELD o Grupo 1 apresentou média inferior (18,80 vs.23,59 p=0,83). A incidência de rejeição aguda (RA) foi menor no Grupo 1 (8 vs. 23% p = 0,13), bem como a infecção por CMV (8 vs.33%, p= 0,08) e complicações biliares (3 vs.19%, p=0,19). Não houve diferença entre os grupos quanto ao nível de proteinúria de 24hs (292,86 vs. 104,45 mg/24h, p= 0,33) e taxa de filtração glomerular (MDRD M1) (91,6 vs. 97,4 ml/min, p=0,89).

Discussão e Conclusões

Os resultados preliminares não apontaram diferença entre os grupos. Posteriormente esses dados podem divergir, em virtude da continuidade deste estudo.

Palavras Chave

Transplante Hepático; Imunossupressão; Complicações