Preservação de enxertos hepáticos para transplante com solução de Celsior X Universidade de Wisconsin (UW): análise comparativa de resultados.
O objetivo desse estudo é comparar os resultados de transplantes hepáticos com enxertos preservados com diferentes soluções de preservação.
Revisão dos 268 Transplantes Hepáticos realizados no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal entre Janeiro/2012 e Janeiro/2017. Foram selecionados para o estudo 243 casos de primeiro transplante, em pacientes com hepatopatia crônica e idade superior a 18 anos. Esses foram divididos em 2 grupos com base na Solução utilizada para preservação do enxerto hepático: 1. Celsior (57 casos) e 2. UW (186 casos). Comparamos os resultados de pico de TGO, pico de RNI, tempo de internação em UTI e tempo total de internação, incidência de lesão biliar e a mortalidade em 30 dias.
A análise comparativa entre os 2 grupos estudados (Celsior X UW) mostrou resultados semelhantes entre pico de TGO (2345,2 x 2184,4)e o pico de RNI (3,27 x 3,14). O tempo de internação em UTI (3,3 x 3,6 dias) também foi semelhante entre os grupo, porém o tempo total de internação foi maior no grupo 2 - UW (10,8 x 15,27 dias). As complicações biliares apresentaram incidência de 7,01% no Grupo 1 – Celsior e 11,89% no grupo 2- UW. A mortalidade em 30 dias foi de 1,75% no grupo 1 – Celsior e de 4,32% no grupo 2- UW.
Dessa forma, apesar de o grupo 2 – UW apresentar maior tempo de internação hospitalar, ambas as soluções mostraram-se adequadas na preservação do enxerto hepático para transplante.
Transplante Hepático
Solução de preservação
Preservação de órgãos
Celsior
UW (Universidade de Wisconsin)
Fígado
Instituto de Cardiologia do Distrito Federal - Distrito Federal - Brasil
Luiz Gustavo Guedes Diaz, André Watanabe, Gustavo Ferreira, Fernando Jorge, Adriano Moraes, Natalia Trevizolli