Título

CORRELAÇÃO ENTRE SOBREVIDA DE PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS COM A PRESENÇA DE ANTICORPOS ESPECÍFICOS CONTRA O DOADOR EM DIFERENTES NÍVEIS DE MFI

Introdução

Estudos demonstram pior sobrevida em pacientes com DSA (Donor Specific Antibody). A XMV (Prova Cruzada Virtual) tem sido utilizada para predizer os resultados das provas cruzadas por FCXM (Citometria de Fluxo) e CDC (Citotoxicidade Dependente de Complemtento) através da análise da presença de DSA em diferentes níveis de MFI.

Material e Método

Foi realizado acompanhamento em 5 anos de 115 pacientes transplantados (tx) entre jan/2009-mar/2012. A presença de anticorpos (ac) foi determinada pelo Single Antigen (SA) com MFI≥1000. A análise estatística foi realizada no programa SPSS 21.0.

Resultados

Dos pacientes acompanhados, 92 foram tx sem DSA, 16 com DSA≤5000 e 7 com DSA>5001. Destes, 3 foram tx com DSA entre 5001-10000: 2 CDC e FCXM negativas (continuam em segmento) e 1 com CDC negativo e FCXM B+ (apresentou episódio de rejeição humoral aguda no 10º dia pós-tx e continua em segmento). Os outros 4 foram tx com DSA≥10000: 2 com CDC e FCXM negativas (1 permanece em segmento e 1 evoluiu a óbito por choque séptico no 3º ano pós-tx); 1 com FCXM B+ (continua em segmento) e 1 com CDC B+ e FCXM B+ (apresentou episódio de Rejeição Celular IA no 12º dia pós-tx e continua em segmento). A sobrevida destes pacientes em relação aos tx sem DSA e com DSA ≤5000 não foi estatisticamente significante (p=0,117).

Discussão e Conclusões

Ao longo dos anos, as técnicas para detecção de ac estão cada vez mais sensíveis e específicas, entretanto, o excesso de informações, algumas vezes, dificulta a interpretação dos resultados. Esse estudo é uma indicação de que a análise conjunta das técnicas (CDC, FCXM e XMV) e do histórico do paciente, possibilita a realização de tx com a presença de DSA. Além disso, auxiliam na conduta pós-tx, contribuindo para o aumento da sobrevida.

Palavras Chave

Sobrevida, Transplante Renal, DSA, MFI