Fatores que interferem na adesão medicamentosa no transplante de fígado: uma revisão integrativa
O transplante de fígado (TxF) é a alternativa terapêutica para o tratamento das doenças hepáticas crônicas em fase terminal. No entanto, para obter bons resultados, a adesão ao tratamento pós-TxF é essencial e, para isso, estratégias devem ser criadas visando à redução da não adesão aos imunossupressores. O presente estudo teve como objetivo analisar o conhecimento produzido sobre a adesão medicamentosa no TxF.
Trata-se de uma revisão integrativa de artigos indexados ao PubMed nos últimos cinco anos, constando os Mesh (Medical Subject Headings): “liver transplantation” and “medication adherece” and “patient compliance”. Vinte e nove artigos foram encontrados e 9 compuseram a presente revisão.
Algumas variáveis analisadas pré-Tx predizem os resultados quanto à adesão. Foi visto que a idade, fatores sociodemográficos, psicossociais e o conhecimento adequado do regime terapêutico estão relacionados às taxas de adesão, além da satisfação com o tratamento. Os índices de adesão tendem a cair com o aumento do tempo pós-TxF. Diferentes formas de avaliação foram utilizadas, como o índice de variabilidade do nível de medicação (MLVI), a escala de aderência medicamentosa Morisky (MMAS-8), entre outros.
A identificação pré-Tx de fatores que podem interferir na taxa de adesão terapêutica é possível através de uma boa avaliação sociodemográfica, cognitiva e clínica. Estratégias devem ser criadas com o objetivo de melhorar a compreensão do tratamento e com isso, reduzir os números de não aderentes e de resultados desfavoráveis pós-Tx. Para se obter resultados satisfatórios deve-se levar em consideração os fatores que predizem a não aderência e intervir preventiva e estrategicamente.
Transplante de fígado, adesão medicamentosa, conformidade do paciente
Multidisciplinar
Unidade de Transplante de Fígado - Pernambuco - Brasil
Shirley Michele Santos Monteiro, ANA CLÁUDIA OLIVEIRA MORAES, CLÁUDIO MOURA LACERDA