ESTUDO COMPARATIVO DA FUNÇÃO RENAL ENTRE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE HEPÁTICO COM E SEM O USO DE BASILIXIMAB
O sucesso do transplante hepático está relacionado, dentre outros fatores, com o uso de imunossupressores (IS). Contudo, os IS são grandes responsáveis pelo desenvolvimento de insuficiência renal aguda (IRA), um sinal de mal prognóstico. A alternativa utilizada atualmente para evitar a IRA é a administração tardia dos IS, possível com a utilização do anticorpo monoclonal basiliximab (Simulect®, Novartis).
Foram avaliados, por coorte retrospectiva, os prontuários de 28 pacientes submetidos à transplante hepático eletivo, realizado entre Janeiro e Junho de 2012. Foram analisados a idade, o sexo, a perda de função renal e a taxa de filtração glomerular (TFG) com e sem o uso de basiliximab, em Hospital de Referência em Blumenau. A análise estatística foi realizada pelo software XLMiner Analysis ToolPak utilizando a ferramenta Google Docs.
Dos 28 pacientes, 12 receberam dose de indução com o basiliximab (Grupo I) e 16 não receberam (Grupo II). As médias de idade foram 51,75 e 53,69 anos nos grupos I e II, respectivamente. Em ambos os grupos a maioria dos pacientes eram do sexo masculino (75% no Grupo I e 69,75% no Grupo II). A TFG foi menor no Grupo I se comparado ao Grupo II. A perda da função renal, apesar de menor no Grupo I se comparada ao Grupo II, não foi estatisticamente significativa.
O presente estudo mostrou que há diferença na preservação ou melhora da TFG entre os dois grupos, apesar de não ser estatisticamente significativa. É necessário um estudo mais extenso, com maior número de participantes, utilização de outros parametros para avaliar a lesão renal e, principalmente, com grupos que apresentem função renal próximas.
Transplante Hepático, Basiliximab, Insuficiência Renal
Fígado
Hospital Santa Isabel - Santa Catarina - Brasil
MARCELO SCHEIDEMANTEL NOGARA, ANDRE GIOVENAZZIO BUBA, NELSON LOSS NETO, JULIO CESAR WIEDERKHER, MAIRA DA SILVA GODOY, CAMILA PILATI DRAGO