Incidência de citomegalovírus doença em transplantados renais em uso de mTOR
Infecção pelo Citomegalovírus (CMV) ainda é uma das maiores complicações infecciosas nos transplantes de órgãos sólidos, gerando aumento na morbi-mortalidade e diminuindo a sobrevida do enxerto. Estudos recentes sugerem que os inibidores da mTOR possam ter um efeito protetor contra o CMV.
Foi realizada uma análise retrospectiva de todos os pacientes transplantados renais de baixo risco imunológico em um único centro no período entre Janeiro de 2013 a Dezembro de 2016. Os pacientes receberam dose única de ATG 2,25mg/kg, tacrolimo em dose reduzida, everolimo e prednisona (r-ATG/EVR, n=100) ou Basiliximab, tacrolimo em dose habitual, micofenolato de sódio e prednisona (BAS/MPS, n=100). Nenhum deles recebeu profilaxia para CMV.
Grupo r-ATG/EVR mostrou redução de 78% (4% contra 17%, OR 0,22, IC 0,075-0,66; p<0,007) na incidência de CMV doença quando comparado com grupo BAS/MPS. Não houve diferença na incidência de rejeição aguda provada por biópsia (5% contra 5%; p 0,956).
Nos pacientes receptores de transplante renal de baixo risco imunológico que não receberam profilaxia para CMV, houve redução significativa na incidência de CMV doença nos pacientes que receberam ATG , tacrolimo, prednisona e everolimo com incidência de rejeicão comparável aos pacientes que receberam Basiliximab, tacrolimo, prednisona e micofenolato de sódio.
Transplante Renal
Citomegalovírus
mTOR
Everolimo
Rim
Santa Casa de Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil
Juliana Bastos Campos, Mayara de Carvaljho Miller, Vinicius Sardão Colares, Glaucio da Silva Souza, Marcio Luiz de Souza, Paulo Rogerio de Rezende Moreira, Sebastião Ferreira, Guilherme Cortes Fernandes, Gustavo Fernandes Ferreira