FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE TRANSPLANTE PULMONAR EM PACIENTE COM LINFANGIOLEIOMIOMATOSE (LAM): RELATO DE CASO
A LAM é uma neoplasia rara, de baixo grau e com potencial metastático. Caracterizada pela proliferação de células musculares lisas atípicas especialmente no pulmão, levando a um distúrbio ventilatório obstrutivo. O transplante de pulmão (TxP) é uma terapêutica para os casos mais graves. Objetiva-se relatar a atuação da Fisioterapia na reabilitação de uma paciente com LAM no pós-operatório (PO) de TxP.
Relato de caso clínico das condutas fisioterapêuticas na enfermaria de um Hospital Transplantador do Ceará.
Paciente T.M.S.M., feminino, 28 anos, 46kg, 1,60m de altura, não fumante, sem gestações, com diagnóstico de LAM associada à Esclerose Tuberosa. Fadiga e dispneia aos pequenos esforços e em uso contínuo de cateter nasal de oxigênio (CNO2) (6L/min). Som pulmonar reduzido em bases e com crepitações à ausculta pulmonar. Histórico de pneumotórax hipertensivo, quilotórax e pleurodeses. TxP bilateral realizado, extubação após dois dias em ventilação mecânica por tubo orotraqueal e paciente em Ar Ambiente (AA) com CNO2 (3L/min). Recebeu alta para a enfermaria respirando em AA, apresentou quilotórax, realizando 4 pleurodeses pelo dreno. Na enfermaria, a atuação fisioterapêutica consistiu no emprego de respiração por pressão positiva intermitente, incentivador respiratório à fluxo, cicloergômetro, bicicleta ergométrica, padrões respiratórios, exercícios com carga para membros inferiores, diagonais de Kabat para membros superiores com carga e deambulação pelo quarto.
A Fisioterapia é fundamental nesses casos, visto que proporcionará uma melhora na funcionalidade e qualidade de vida, aumentando a capacidade de exercício, o nível de atividade física, a força muscular periférica e reduzindo o grau de dispneia e fadiga.
FISIOTERAPIA. TRANSPLANTE DE PULMÃO. LINFANGIOLEIOMIOMATOSE.
Multidisciplinar
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Ceará - Brasil
DARLING KESCIA ARAÚJO PEIXOTO BRAGA, NATHÁLIA GONÇALVES DE OLIVEIRA