O Altruísmo na doação de Orgãos.
: a decisão de doar órgãos envolve em uma teia ética de familiares, equipe médica e receptores. O altruísmo e seu espaço na decisão doadora são importantes para a abordagem na realidade do luto. O objetivo desta produção é identificar o papel do altruísmo na doação de órgãos para transplante entre famílias doadoras e doadores vivos, para subsídio do trabalho do Psicólogo.
Revisão de literatura sistematizada de publicações nacionais da Saúde, com preferência (não exclusividade) à Psicologia Institucional, coletadas pelos descritores [doação de órgãos or transplante and altruísmo and psicologia] .
A doação depende de sentidos pessoais de vida e morte, além de fatores sociais, culturais e religiosos. Representa a fragmentação do indivíduo. Quando voluntária e orientada, apresenta sentimentos positivos de ajuda, numa devolutiva do altruísmo. Doação de orgãos entre vivos com frequência envolvem familiares, pressões, ansiedade e dor, limitadores do altruísmo puro. Um modelo ideal de doação seria o tipo altruísmo-benefícios não financeiros: o bem provido pela doação seria estendido com o luto assistido, grupos de apoio, doações às instituições de caridade e medidas de conversão do ato em desdobramentos ainda mais positivos entre vivos e familiares doadores.
. Discussão e conclusões: Os outliers encontrados na literatura ainda aponta poucos subsídios no Brasil para a abordagem da doação de órgãos, decorrente da compreensão estrita de que incentivos posteriores seriam rupturas éticas. Mas, o modelo altruísmo-benefícios pode ser formado de contribuições de suporte pós-transplante, seja no luto ou na reelaboração e ressignificação da vida e dos vínculos (casos entre vivos).
altruísmo; doação de orgãos; psicologia positiva; morte.
Multidisciplinar
HOSPITAL ESTADUAL ALBERTO TORRES - Rio de Janeiro - Brasil
LUIZ ANTONIO SILVA, BARTIRA AGUIAR ROZA, SANDRO GOUVEIA MONTEZANO