Título

Transplante de fígado dominó na leucinose: aspectos técnicos quando a primeira cirurgia é um transplante intervivos

Introdução

O transplante dominó (TD) quando o primeiro doador é um doador vivo (DV) requer especial cuidado. Quando comparamos o TD com DV com aquele realizado com doador falecido (DF), a principal diferença se refere ao tamanho dos cotos vasculares que pode agregar dificuldades para a reconstrução no segundo receptor. A maior série de casos de leucinose com transplante dominó com doador vivo atualmente publicada possui 3 casos descritos.

Material e Método

Descrição de 7 transplantes dominó por leucinose com DV (2012-2017), detalhando os aspectos técnicos e o seguimento destes doentes.

Resultados

Portadores de Leucinose - O segmento lateral esquerdo foi utilizado nos 7 casos. Reconstrução das veias hepáticas (VH): anastomose da VHE do doador com a confluência das VH do receptor. Apenas 1 caso necessitou de plastia nas VH antes do implante. A anastomose da veia porta (VP) foi realizada no tronco da porta do receptor em todos os casos e anastomose arterial realizada com microcirurgia. Todos os pacientes estão bem.
Receptores do enxerto com leucinose - Reconstrução das VH: em 5 casos a anastomose foi realizada entre a confluência das VH do enxerto e do receptor. Em 2 casos a anastomose foi realizada na cava do receptor após triangulação da mesma. Em 3 casos foi necessário realizar plastia das VH antes do implante. Enxerto venoso foi utilizado para anastomose portal em 2 casos. Em 1 caso a reconstrução arterial foi dupla. Todos os pacientes estão bem.

Discussão e Conclusões

O TD quando o primeiro doador é um DV para a leucinose é um procedimento complexo, porem factível. É de extrema importância ter em mente as dificuldades inerentes ao procedimento, como cotos vasculares curtos, venoplastias e a possibilidade de anastomose arterial dupla para garantir o sucesso do procedimento.

Palavras Chave

Leucinose
Transplante dominó