FAMÍLIA COMO ESPECTADORA DA ÚLTIMA FASE DIAGNÓSTICA DE ME: UMA NECESSIDADE ATENDIDA EM UM HOSPITAL GERAL DO NOROESTE DO PARANÁ
Sabendo que a compreensão da Morte Encefálica (ME) pelos familiares é influenciadora no processo de doação de órgãos, este relato descreve a participação de familiares como espectadores dos testes clínicos na etapa final do protocolo para assimilação visual da compreensão familiar da ME, e à aceitação da mesma revertida em doação de órgãos e tecidos para transplante.
Utilizou-se a técnica de observação assistemática participante e análise documental do processo. Ocorreu na Unidade de Terapia Intensiva com potencial doadora de 65 anos e diagnóstico de acidente vascular encefálico hemorrágico.
Desacreditado no provável diagnóstico, já comprovado pelos primeiros testes e exames, o esposo desejou presenciar acompanhado do filho, a segunda etapa de testes clínicos e pelo entendimento da equipe, essa solicitação foi a alternativa necessária à aceitação familiar do diagnóstico. Houve explanação médica e de enfermagem aos familiares além de apoio presencial da equipe multiprofissional. Isso resultou aos familiares comovidos pela ausência de sinais de vida uma compreensão real do diagnóstico de ME e aceitação da morte.
O olhar da equipe multiprofissional deve estar sensível às demandas familiares, mesmo que elas se mostrem singulares àquele processo diagnóstico rotineiro, devendo assim passar por uma peculiar avaliação, já que a compreensão e aceitação do diagnóstico de ME são essenciais à abordagem sobre doação de órgãos e ao consentimento familiar como resultado de um acolhimento humanizado que considere a família como participante ativa no processo.
Obtenção de Tecidos e Órgãos; Família; Diagnóstico de Morte Encefálica.
Enfermagem
SANTA CASA DE PARANAVAÍ - Paraná - Brasil
ALINE BARBIERI, ANDREZA MARA CAMPOS DE MELO, GISLAINE FUSCO DUARTE, MARCIA ANGELO DOS SANTOS, RAFAEL RODRIGO DA SILVA PIMENTEL, REGIMARA DOS ANJOS