Título

Avaliação dos óbitos ocorridos em unidades de terapia intensiva e unidade de cuidados críticos em hospitais do noroeste do Paraná

Introdução

No Brasil estima-se que dos óbitos ocorridos em instituições hospitalares, 10 a 15% ocorrem em unidade de terapia intensiva - UTI e unidade de cuidados críticos – UCC (Liberato SMD, Mendonça AEO, et al, 2012), e 14% destes pacientes evoluam para morte encefálica – ME, podendo se tornar potenciais doadores de órgãos e tecidos para transplantes

Material e Método

Estudo descritivo exploratório, retrospectivo dos óbitos ocorridos no ano de 2016 em UTI e UCC de 03 hospitais da região noroeste do Paraná. A coleta de dados foi realizada através de planilha contento variáveis de identificação e tabulada no Excel Objetivo: Avaliar os prontuários de óbitos para verificação dos pacientes críticos com sinais clínicos de ME em UTI e UCC

Resultados

Foram avaliados 829 prontuários de óbitos, desses 66 apresentaram sinais clínicos de ME, e apenas 03 pacientes não foi aberto o protocolo. A causa de não abertura foi o não conhecimento da CIHDOTT quanto aos sinais clínicos do paciente e houve 05 Paradas cardiorrespiratórias – PCR antes da conclusão do protocolo de ME por problemas na manutenção do potencial doador

Discussão e Conclusões

A análise demonstrou que o percentual de óbitos que evoluíram para ME nas UTI e UCC é de 6.9%, bem menor do que a literatura traz. Outra constatação foi casos de não abertura de protocolos de ME mesmo com sinais clínicos e pacientes que fizeram PCR antes da conclusão do protocolo. As falhas apontadas foram discutidas com as CIHDOTTs a fim de criar estratégias e evitar a subnotificação. Verificamos que não houve subnotificação de casos após o terceiro mês de avaliação. Também foi possível sistematizar as orientações da CIHDOTT no prontuário e melhorar a qualidade das informações contribuindo com a identificação precoce dos pacientes com sinais clínicos de ME

Palavras Chave

Obtenção de Tecidos e Órgãos, Avaliação em Saúde