Transplantes Sem Fronteiras – Mais de 500 Procedimentos Propiciados por um Projeto de Descentralização dos Transplantes no Brasil
A disparidade geográfica na atividade de transplantes é problema maior no Brasil e em outros países do mundo. Os centros de transplantes brasileiros concentram-se nos estados litorâneos, sendo que grande parte da região centro-oeste, norte e parte do nordeste é desprovida de programas ativos.
De 2009 a 2016, nosso Grupo tem desenvolvido o Projeto Transplantes Sem Fronteiras(TSF), em que uma equipe experiente de transplantes de fígado, pâncreas e rins vai até o estado alvo e desenvolve o Programa, capacitando os recursos humanos e Instituição in locus. A capacitação tem início com workshops quinzenais e , após perÍodo de 3 a 6 meses com reuniões locais, organização do time local de médicos envolvidos, os transplantes são iniciados.
Neste período, realizaram-se 572 transplantes em seis diferentes estados do centro-oeste, norte e nordeste do Brasil, sendo 262 de fígado e 310 de rim. Em 50% destes transplantes, a equipe do TSF esteve presente e , na outra metade, a equipe local capacitada realizou os procedimentos. A sobrevida de paciente e enxerto em um ano foi superior a 90% e 80%, respectivamente,em todos os programas iniciados nestes estados, demonstrando que é possível, com a tutoria in locus de uma equipe experiente, ultrapassar a curva de aprendizado e reproduzir resultados de excelência desde o início.
Demonstra-se projeto bastante eficiente e de baixo custo, capaz de desenvolver centros de transplantes em áreas desprovidas deste recurso em curto prazo e com resultados de excelência desde o início.
transplante de órgãos
disparidade
capacitação
parceria
Coord. Tx / Ética
Hospitais Bandeirantes,Oswaldo Cruz e Benef. Portuguesa-SP - São Paulo - Brasil
Marcelo Perosa, Huda Noujaim, Leonardo Mota, Juan Branez, Leon Alvim, Juliano Mundin, André Watanabe, Nilton Guiotti Siqueira, Tiago Genzini Miranda, Alessandro Silvestre, Marcio Paredes, Tércio Genzini