Título

Neoplasias encefálicas em potenciais doadores e a utilização de órgãos e tecidos para transplante

Introdução

As neoplasias encefálicas também são causas de morte encefálica. Não é incomum encontrar um tumor cerebral em um paciente com morte encefálica e sem resultados de biópsia disponível, isso exclui o doador falecido da doação de órgãos e tecidos. Portanto, esse trabalho objetivou conhecer as neoplasias encefálicas mais frequentes em potenciais doadores de órgãos e tecidos.

Material e Método

Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo. Os dados coletados permitiram conhecer as principais neoplasias encefálicas em 23 potencias doadores notificados à OPO-HCFMUSP, no período de janeiro a dezembro de 2016. A coleta de dados foi obtida no mês de março de 2017.

Resultados

Caracterização dos potenciais doadores: idade entre 04 e 71 anos; 13 do gênero masculino e 10 do gênero feminino; os 23 potenciais doadores representaram 5,3% das causas de morte encefálica da OPO-HCFMUSP no ano de 2016; 01 (04%) foi doador com órgãos transplantados (fígado, rins, pâncreas e córneas) e o tipo de tumor era meningioma; 03 (13%) doadores falecidos com meningioma as famílias recusaram a doação; 02 (08%) potenciais doadores com meningioma foram descartados por infecção; 08 (35%) potenciais doadores foram contraindicados para a doação por ausência de biópsia; 09 (39%) foram contraindicados por tumores malignos, tais como astrocitoma anaplásico de alto grau (05), cordoma (02), carcinomatose meníngea (01), tumor cerebral metastático (01).

Discussão e Conclusões

Vale a pena realizar exame de biópsia de congelação para evitar a perda de órgãos de potenciais doadores com neoplasias encefálicas. Esse procedimento é relativamente simples e tem o potencial de disponibilizar mais doadores para os transplantes e salvar vidas.

Palavras Chave

Morte Encefálica; Neoplasias Encefálicas; Sistema Nervoso Central; Transplante de Órgãos.