Readmissão Hospitalar em 30 dias após o transplante renal: Incidência, Causas e Prognóstico
A taxa de readmissão hospitalar (RH) em 30 dias é uma métrica de qualidade hospitalar e um preditor de mortalidade em transplantados renais. O objetivo deste estudo é investigar a prevalência da readmissão hospitalar precoce (RH) em 30 dias após a alta hospitalar do transplante renal e se é um fator de risco para a mortalidade
Foram analisados todos os pacientes transplantados renais maiores de 18 anos de 2011 e 2012 e determinada a taxa de RH, as causas, os fatores de risco e o desfecho em 12 meses. Foram excluidos os retransplantes e os pacientes que perderam o enxerto ou que faleceram na internação do transplante renal.
Foram incluídos 1175 e a taxa de readmissão foi de 26,6 %. Os pacientes que reinternaram, quando comparados com aqueles que não internaram em 30 dias, eram mais velhos, com mais tempo em diálise, mais sensibilizados, receberam rins de doadores mais velhos, evoluíram com função tardia do enxerto e ficaram mais tempo internados na internação do transplante. As principais razões para RH foram infecção (67%), distúrbios metabólicos (11%), complicações cirúrgicas (14%), rejeição aguda (5%) e eventos cardiovasculares (2%) e estenose de artéria renal (1%). Os fatores de risco para readmissão foram a idade do receptor, o tempo de internação do transplante, sorologia negativa para CMV e ter tido rejeição aguda na internação do transplante. Nas curvas de sobrevida, os pacientes que reinternaram em 30 dias tiveram pior sobrevida do enxerto e maior mortalidade em 12 meses.
A média de RH foi de 26% e os pacientes que reinternaram em 30 dias tiveram pior desfecho em 12 meses. Ao identificar os pacientes em risco pode – se planejar a alta hospitalar e acompanhamento ambulatorial pós-transplante imediato.
Readmissão hospitalar em 30 dias, transplante renal, mortalidade
Rim
Hospital do Rim - São Paulo - Brasil
Melissa Gaspar Tavares, Marina Cristelli, Helio Tedesco-Silva, J O Medina-Pestana, Mayara Ivani