TRATAMENTO CIRURGÍCO CORRETIVO PARA FÍSTULA URINÁRIA EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS
A fístula urinária é a principal complicação urológica do transplante renal, com incidência variando entre 1,2 e 8,9%. Não há consenso quanto à melhor estratégia de tratamento, seja correção cirúrgica ou tratamento derivativo conservador.
Esta é uma análise retrospectiva da incidência, tratamento e complicações da fistula urinária, de acordo com o tipo de reimplante ureteral, em 3951 transplantes renais realizados entre fevereiro de 2010 e dezembro de 2014.
O tipo de reimplante foi Lich-Gregoir em 2432(61,5%), Leadbetter-Politano em 1034(26,1%), ureteropielostomia em 49 (10,3%), ureteroenterostomia em 35(0,8%) e outros em 41(1%). Foram diagnosticadas 149 (3,7%) fístulas urinárias, sem diferença de acordo com o tipo de reimplante. A opção pelo tratamento cirúrgico ocorreu em 145 (97,3%) dos casos sendo que em apenas 4 (2,7%) foi optado por tratamento conservador derivativo através de sondagem vesical de demora. 16 (10,7%) pacientes submetidos à intervenção cirúrgica necessitaram de reabordagem e 3 (1,8%) evoluíram com estenose de ureter. Em um paciente (0,6%) a correção cirurgia não foi possível devido à necrose extensa do ureter, optando-se pela nefrectomia do enxerto.
O tratamento cirúrgico corretivo imediato das fístulas urinárias é efetivo, seguro e com baixa incidência de complicações e perda do enxerto.
fistula urinária
Rim
HOSPITAL DO RIM - São Paulo - Brasil
Hernani Oliveira Marinho Neto, Bruno Leslie, Juliano C. M. Offerni, ademar F Pessoa Jr, Joao F Neves, Mario Nogueira Jr, Sergio F Ximenes, Wilson F Aguiar, Helio Tedesco SIlva, Jose O Medina Pestana