Transplante de linfonodo: uma inovação cirúrgica
Os linfonodos desempenham um papel importante na imunidade, no entanto, algumas comorbidades podem levar a sua remoção, consequentemente, haverá a formação do linfedema (L), que tem um tratamento limitado. Estudos recentes têm mostrado que o transplante de linfonodo (TL) em pacientes com L pode melhorar a função linfática. Esse procedimento vem ampliando o papel do cirurgião no tratamento do L. Dessa forma, o objetivo deste artigo é revisar estudos que abordam o TL e avaliar suas consequências positivas e negativas.
A metodologia utilizada neste trabalho buscou suporte em artigos científicos nas bases de dados do Scielo e Pubmed a partir de palavras chaves, no período de 1982 a 2015, relacionados ao tema.
Um número significativo de pacientes que foram submetidos ao TL para o tratamento de L curou-se, e o restante obteve melhora significativa de sintomas, com a redução do volume e circunferência do membro, diminuição da incidência de infecções, bons resultados na linfocintilografia e melhora da qualidade de vida. Em um dos estudos, obtiveram-se complicações relacionadas ao transplante, como: linfedema persistente, linfocele, hidroceletesticular e dor persistente na região doadora de linfonodo. Isso acontece, porque dependendo do sitio doador, pode haver formação de outro linfedema, mas, em grande parte dos estudos, não houve diferença significante nas circunferências do membro doador em comparação com o lado não operado.
Há um consenso de que o TL é o método mais eficaz para o tratamento de L, pois ele resulta em um aumento significativo na função linfática e diminuição na proporção do edema. Estudos apontaram que a eficiência dessa técnica é tão grande que muitos pacientes são capazes de interromper outras formas de terapia.
Transplante, Linfonodo e Microcirurgia
Imuno/Histo/Tecidos
Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino - São Paulo - Brasil
Isabella Davo de Mendonça, Camilla de Souza Nagahama, Giovana Pazotti Nogueira